terça-feira, 25 de agosto de 2009

 

 

 

 



























a metamorfose
sonia regina




o frio tateia a memória, vasculha a nostalgia e o temor.
das palavras que se precipitam é difícil arrancar poesia:
estão demasiado usadas.
o novo assimila a lentidão da ternura
e a pausa é um bom esconderijo para a criação.
há na quietude límbica um alento:
o deleite com as cores, sons e sensações.
o deslocamento dos pequenos cercos reaviva delicadezas
e libera imagens.
murmúrios pouco audíveis dizem da nutrição.


a metamorfose é um momento de alegria nos percursos.




[23.8.09]

 

 

 

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