quarta-feira, 16 de dezembro de 2009





A luz do trigo


ó hera, onde está o teu sabor marinho?
rasga o muro, explode-o.
as vagas estão secas, o mar vago
no verde um gosto de oceano em fio.


O poema sedento de sentido queimou como o capim no alto da colina - claridade intensa e breve. Ídolo emudecido.

A aurora dava à escuridão um colorido enrolado na meiguice. Livre da abstração carcerária, o olhar desalojado se entregou ao percurso. 

Acreditou e viu, para além da ilusão e do espelho, a luz do trigo.


Sonia Regina
15.12.09



Imagem: Marita Toftgard




 

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