sexta-feira, 10 de abril de 2009

 


 


 






leva-me para além da têmpera




desloco-me muito sem sair do papel
que nutre de luz meu ser selvagem,
como a areia ao sol do meio-dia

entre os braços abertos sou tudo o que vi a mais

nenhuma máscara de sépia restou
logros em preto e branco são impossíveis
a morte deixou os pergaminhos para as aquarelas

vou sendo cortejada pela vida, contigo ao lado

com nanquim e água tu me desenhas colorido
e me levas, material úmido, para além da têmpera

a metamorfose acirra o ânimo dos meus versos
dilatados. a restauração torna-se possível.



sonia regina

10.4.09


imagem: Vinicius Kran


 

 

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